Não acredito que seja uma boa parte da população, nem um grupo tão grande. Mas sei que não sou o único á saber que está prestes á ser aprovado um projeto de lei que beneficiaria templos religiosos de qualquer natureza com base na Lei Rouanet.
Há poucas semanas, inclusive, o excelentíssimo Jô Soares entrevistou o nada excelente Senador Marcelo Crivella, onde o Jô expunha completa e abertamente a sua opinião discordante à do Senador em questão. Por um simples motivo: o Sr. Crivella quer modificar a Lei Rouanet que já beneficia e abrange os chamados equipamentos culturais de qualquer natureza, sejam eles igrejas históricas, sejam centro culturais, bibliotecas ou museus. A Lei, nesse caso, os beneficia de forma que dá a esses locais benefícios fiscais e os autoriza á receberem dinheiro proveniente de empresas particulares, que por sua vez, tem, por lei, o direito de investirem 4% do montante equivalente ao Imposto de Renda devido. Para tanto, desde que sejam devidamente um instrumento cultural de importância á uma comunidade ou até mesmo para o país.
O que, portanto, é preciso destacar, é que igrejas e templos históricos já se beneficiam com a lei. O que, no caso dos templos da Igreja Universal, naturalmente não se incluem por não se tratar de nem de templo histórico, nem de equipamento cultural. Entretanto, visando modificar a lei e abranger os seus “suntuosos” templos, o Senador Crivella quer modificar a lei, e colocar o texto completo, onde não deixaria dúvidas de que qualquer igrejinha que fosse – se você quiser abrir uma no fundo do seu quintal, teria total direito de participar, portanto! – poderá se beneficiar de incentivos privados e mordomias econômicas federais. É com essa frase que eles pretendem garantir novos direitos às suas igrejas:
“templos de qualquer natureza ou credo religioso”
“Bibliotecas estão sucateadas, obras de arte encontram-se abandonadas em porões de museus, por falta de recursos para recuperação, jovens não conseguem realizar seus sonhos, não me refiro apenas ao teatro, mas à dança, à música e a outros meios de expressão artística, ainda assim o senador quer dar uma ‘mordidinha’ na Lei Roaunet” diz o ator Juca de Oliveira.
“O que o senador Crivella quer é um absurdo, se fosse realmente para preservação de patrimônio histórico então não seria necessário, já está na lei. Claro que a intenção é de abrir uma brecha”, ressalta Jô Soares.
Se vocês quiserem dar a sua colaboração em uma petição que será entregue ao Congresso Nacional, é só irem á este link aqui, “Não à Lei Rouanet para Templos Religiosos!”
A minha assinatura é a 13901 e isso é o que eu DIGO, á favor da classe artística e cultural, em respeito ao cidadão e como forma de conscientização ao bom uso dos nossos escassos recursos:
“Exigimos, através dessa petição, que os direitos brasileiros numa democracia sejam cumpridos. Estamos aqui, com nossas assinaturas para dizer NÃO à essa politicagem mesquinha, e corruptiva, onde o Senador Crivella visa beneficiar-se do dinheiro público para ampliação de patrimônio próprio.
Suas igrejas, todos sabem, são máquinas de fazer dinheiro. As poucas ações benéficas à população realizada por sua empresa chamada Igreja Universal, são de pequeno valor, comparado ao montante financeiro extraído anualmente em seus cultos ou atividades similares. Não quero julgar a finalidade, honestidade nem religiosidade dos cultos e atividades da igreja, porém, quero, através da minha e de muitas assinaturas, dizer NÃO como cidadão, ao uso do dinheiro público de forma desrespeitosa e indigna.
Se algum dia quiser contribuir com meu dinheiro, de qualquer espécie, me darei o direito e a chance de caminhar até a Universal e afins, para com isso, fazer valer um direito e uma vontade meus. Sendo assim, não permito que dividendos oriundos do bolso da população em geral, seja usado para causas próprias, das que descordo, e enriquecimento de grupos e falsos ‘homens de Deus’.” Thyago Miranda
PARABÉNS AO SENADOR CRIVELA PELA ATITUDE! AS IGREJAS TEM CONTRIBUIDO MUITO PARA MANTER A ORDEM NESTE PAÍS E DEVE SER RECONHECIDA SIM! SERÁ Q APENAS ATORES E ATRIZES, MÚSICOS E ARTISTAS Q HORAS FAZEM PAPEL DE PESSOAS RECATADAS E HORAS ESTÃO ENVOLVIDOS EM ESCÂNDALOS, PROMOVENDO A PROSTITUIÇÃO E TODO O TIPO D LIXO DEVEM TER SEUS EVENTOS PATROCINADOS? POUPEM-ME! POUPEM-ME! PARABÉNS SENADOR!
Esse crente semi-analfabeto não prefere ir lamber os sapatos importados do “bispo” Macedo, em vez de ficar escrevendo porcaria na internet?
“As igrejas têm contribuído muito para manter a ordem”… Faça-me o favor!
Concordo Sandro!
Acho que, pelo menos aqui no Brasil, eu desconheço participação efetiva da igreja em questões políticas de quase qualquer origem, exceto, infelizmente, de origem duvidosa, como o caso da Igreja Renascer e os seus “bispos”.
Além do que, com ou sem participação, que de qualquer modo realmente não há, que “ordem” utópica é essa que o Nilo Santos insiste em dizer haver no Brasil?
É cada coisa né?!
Meu filho, em primeiro lugar não grite, ou você não sabe que na Internet escrever com todas as letras maiúsculas significa grito. Segundo: As igrejas evangélicas tem contribuído muito para manter a ordem nesse país??? Há, há, há, há, há!!! Você não vê telejornais, né? O quê você me diz dos escândalos financeiros envolvendo deputados e senadores evangélicos, ou você também é um daqueles que acreditam que tudo isto não passa de uma perseguição da mídia. Outra coisa: Manter a ordem em um país como o nosso onde a Democracia é o maior bem, ou pelo menos deveria, implica em aceitar a grande diversidade religiosa nele existente, coisa que os evangélicos fazem exatamente ao contrário; aliás, lendo seu texto acima, eu noto a grande falta de respeito e conhecimento pela cultura e pela arte em nosso país.
Pois é Mário,
temos que nos deparar e conviver com certas pessoas que nem expressarem suas “importantes” opiniões elas sabem. Resta-nos, somente, a indignação de saber que essas pessoas de tão pouca desenvoltura apóiam e seguem outros que, ao contrário delas, até sabem sim usar os seus bons dotes expressivos. O grande problema é que as intenções destes é que não se adaptam a um caráter honesto com qual eles deveriam ter na integralidade de seus trabalhos.