Decodificador HDTV por R$200 em Janeiro

20 12 2007

O assunto TV Digital foi algo que chamou bastante atenção dos internautas mais interessados em tecnologia nos últimos meses. Com a proximidade do início das transmissões da TV Digital aberta, em 2 de Dezembro, a massa de pessoas diversas, sejam eles fãs de tecnologia ou não, passaram a buscar a mesma informação. E nesse bolo de notícias relacionadas, um tema foi consenso: o preço do set-up box.

Aqui no Digo, esse foi um dos motivos que citei “para não aderir à TV Digital — por enquanto”. No texto, eu disse que “[…] os decodificadores que os fabricantes prometem colocar no mercado á tempo para o início das transmissões custarão por volta de R$ 700 sem recurso algum, nem interatividade, nem HDTV […]” e mais, informei que “[…] se o Governo conseguir colocar no mercado os receptores com valores em torno de R$ 200, segundo os fabricantes, isso só será possível com utilização de hardware e sinal voltado para a recepção móvel da TV Digital […]”.

Bem, tenho boas notícias pra dar: duas empresas do consórcio formado por Brasil e Índia para produção de aparelhos voltados pra TV Digital pode simplesmente dar um boom absurdo à TV Digital. Se a Enconre e a Comsat colocarem os decodificadores anunciados por ele com custo de produção de R$200 e vendidos ao consumidor por R$250, isso promoverá no país uma aderência a uma nova tecnologia como jamais vista nesse país. Digo mais, o Brasil pode se tranformar não apenas no país com a melhor TV Digital gratuita do mundo, em termos de codificação e modernidade de suas especificações, mas, também no país a adotar massivamente à tecnologia HDTV (Alta Definição).

Sim, porque a R$250 não haverá quem não compre! Vamos só esperar os outros jogadores (fabricantes de TV) mexerem suas peças nesse tabuleiro, que, depois desse anúncio, pode dar uma guinada inesperada.

Acho que teremos grandes surpresas a caminho!

Fonte: TelaViva News





Globosat pronta pra transmitir em HD (Alta Definição)

27 11 2007

Acabei de ler que o Globosat HD já está pronto pra ir ao ar, e que, claro, a Net será a primeira a oferecer o canal e que a mesma colocará no mercado uma set up box compatível “nos próximos dias”.

Depois do anúncio do lançamento da TV Digital aberta marcado pra 2 de dezembro, havia uma certa sensação de desconforto entre alguns executivos das teles por conta de que um sinal com tanta tecnologia chegar primeiro no Brasil por vias gratuitas. A Globosat, por exemplo, até tentou estar com seu canal pronto e comercializado em novembro, mas, não sei se eles conseguirão assinantes em tão pouco tempo, até o dia 2, a ponto de ficar a cargo deles, Globosat, e com isso da TV por assinatura em geral, o título de precursor da HDTV no Brasil, o que é uma boa jogada de marketing, e pra eles isso faz uma enorme diferença.

O canal, repito, já pronto pra ir ao ar, caso eles queiram, nesse exato momento – pra ninguém ver, tudo bem, só por questões de marketing… O canal será uma espécie de “superstation , ou seja, combina conteúdos diversos de diferentes canais. Haverá filmes em alta definição, eventos esportivos (como a última rodada do Brasileirão, a Copa do Mundo de Volei no Japão, jogos do Panamericano) e shows produzidos especialmente para o canal”.

Realmente se eles quiserem colocar esse canal no ar, agora, que é horário nobre, o que contaria ponto a favor pra eles, daria no mesmo que a TV digital aberta caso fosse argumentado que eles trasmitiram o sinal, mas, ninguém viu. Afinal, pelo menos em termos de proporção de população apta a comprar o conversor pra HDTV do sistema aberto e os números reais de compradores até 2 de dezembro, versus o número de expectadores fanstasmas desse canal surpresa daria o mesmo em termos estatísticos, o que não importaria pro seu principal propósito marketeiro: ser o primeiro!

Fonte: TelaViva News





Motivos para não aderir á TV Digital – por enquanto

16 11 2007

Como sou um aficcionado pelo assunto, muitas das pessoas que me conhecem pessoalmente me perguntam algumas coisas relacionadas á TV Digital e tecnologia em geral. Esses dias eu conversei com um amigo meu e chegamos á um denominador comum: a TV Digital, por enquanto, será uma futilidade.

Vamos ás razões:

Programação – Não haverá inovação alguma na sua forma de ver TV. Nem em Dezembro, nem nos longos próximos meses seguintes. O usuário que quiser se atualizar com a nova “tecnologia” irá pagar para trocar o 6 por 1/2 dúzia. Irá comprar para assistir á algo que ele assiste de graça. Sua grade de programação será a mesma naquele seu televisor de 1980, sem nenhum detalhe a mais. A multiprogramação, com dois programas ou mais sendo transmitidos no mesmo canal não será uma realidade para o brasileiro – multiprogramação não é uma intenção das emissoras, visto que não há forma de patrocínio /publicidade que sustente tal finalidade. Como disse Fernando Bittencourt, diretor de engenharia da Tv Globo, “nós não temos duas Casas Bahia”.

Imagem – Sua imagem não irá mudar: a menos que você compre um caro televisor de Alta Definição, a qualidade da imagem na sua TV só estará mais limpa. O que quer dizer que, pra maior parte da população, o usuário pagaria centenas de reais para ter o equivalente a apenas uma anteninha melhor. O sinal da TV Digital é mais robusto, mais forte, sim. Ou ele pega ou não pega. Mas, não espere uma melhoria espantosa na qualidade da imagem, a menos que você assista á conteúdo em HDTV. Por falar nisso…

Alta Definição (HDTV) – O abastado cidadão que se dispor á comprar os equipamentos necessários, que significa dizer um televisor digital caro e mais o receptor preparado para Alta Definição – que não é o mesmo “baratinho” de R$ 700 que pretendem colocar no mercado “popular” -, pagará, pelo menos uns R$ 5.000 para assistir á novela das 8 e alguns jogos de futebol – de acordo com os planos de HDTV da maior emissora do país. Serão milhares de reais gastos pra ver uma programação escassa, com pouquíssimas horas de transmissão em alta definição.

Interatividade – Você quer comprar um decodificador que estão prometendo lançarem no mercado, com preços iniciais de R$ 700 para não ter HDTV, multiprogramação, interatividade e nem guia de programação? Pois é isto que acontecerá inicialmente. Para se ter recursos de interatividade, o receptor que será vendido por essa bagatela não terá, inicialmente, o software necessário para codificação e decodificação das informações interativas. O software chamado de GINGA, é um software nacional, desenvolvido em parceria entre o Governo Federal e universidades brasileiras, porém, seu uso pleno nos receptores ainda não foi testado.

Mobilidade – Você sonha em assistir á tv na liberdade de seus passos, através da telinha micro do seu celular? Então espere a queda de braço entre o Governo e as operadoras de telefonia móvel. Enquanto o Governo sonha com as promessas (que nunca deixam de ser promessas…) as operadoras brigam com unhas e dentes por essa fatia do bolo: os dividendos dos tráfegos de dados gerados pela vizualisação de vídeos nas suas redes. O que a tecnologia adotada pelo Brasil permite é que se assista á programação de tv nos celulares gratuitamente, fora do uso das redes de celular, com alterações de hardware feitas de fábricas. Porém, com os aparelhos hoje sendo mais das operadoras do que das montadoras (Nokia, Samsung, etc), quem decide o que oferecerá o celular? Elas, as comedoras dos preciosos reais por minuto. “Porque de graça se nós podemos cobrar por isso?”, pensam as cabeças controladoras dessas companhias

Preço – Nem preciso dizer mais né? Os decodificadores que os fabricantes prometem colocar no mercado á tempo para o início das transmissões custarão por volta de R$ 700 sem recurso algum, nem interatividade, nem HDTV. Aos usuários que quiserem pagar por conteúdo em alta definição desembolsarão algo em torno de R$ 1.000 pra ver o que eu já disse: uma média de 2 horas/dia de programação. Se o Governo conseguir colocar no mercado os receptores com valores em torno de R$ 200, segundo os fabricantes, isso só será possível com utilização de hardware e sinal voltado para a recepção móvel da TV Digital, os chamados 1-SEG, e que terá, veja bem, metade da resolução da atual tv analógica.

Sinceramente, não poder ver nem o que está passando na tela, como nome do programa e sinopse, pra mim, não vale o meu dinheiro nem a minha paciência. Na melhor das hipóteses, o sujeito que pagar os milhares de reais necessários para se tirar o melhor proveito da tecnologia, levará pra casa um elefante branco capaz de proporcionar apenas 2 horas de conteúdo em HDTV, a única promessa a ser cumprida com o início das transmissões. Na pior das hipóteses, o cidadão comum desembolsará uma quantia equivalente a 2 salários mínimos pra pagar o imposto mais caro para se assistir á televisão aberta e gratuita que esse país já viu, sem com isso levar nada em troca.

Detalhe: esse decodificador de sinal digital é feito justamente pra receber o sinal e adaptá-lo á resolução do seu aparelho televisor, o que quer dizer que invariavelmente você estará sujeito à qualidade de imagem oferecida pela sua telinha.





Rádio Digital: um despertar do rádio para o mundo dos bits

30 07 2007

 

Em setembro, leitores, nós daremos mais um passo importante á caminho do mundo da digitalização e da Alta Definição. Nesse mês o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinará o decreto que institui o novo padrão de rádio digital no país, que será basicamente americano, com o sistema IBOC e terá espaço para o padrão europeu DRM nas curtas frequências. Continue lendo »





E a briga começou!

9 05 2007

1º round:

Samsung x LG

Como já contei pra vocês o que são aparelhos de Alta Definição, ou HDTVs, agora posso falar mais tranquilo sobre esses termos técnicos, não é!?

A LG, em março, anunciou a produção no Brasil de seus painéis LCD em HDTV na resolução máxima (Full HD), aquela que tem 1920 x 1080 pixels. Então, na época do anúncio, eles deram uma previsão da chegada desses produtos às prateleiras da terrinha em abril. Eu até agora não comprei a minha… Estou falando desses aparelhos deles, especificamente, não porque eu não goste da Time Machine (LG), ou Bravia (Sony) ou qualquer outro. Estou falando por ser um marco no comércio nacional, a entrada de televisores topo-de-linha abaixo da faixa dos R$ 10.000. Mesmo se custasse R$ 14.999 seria uma “pechinha” se comparado ao que você encontra hoje, no mercado. Não acha?! O que você me diz desse Bravia KDL-52XBR2 de R$ 39.999 (pode pesquisar no Buscapé)? Ele tem a mesma resolução que os monitores que a LG, e agora a Samsung, querem lançar, com valores muito abaixo da metade desses exorbitantes quarenta mil.

LG Full HD também a preço de fusquinha!Os modelos anunciados pela LG seriam “telas de 42 e 47 polegadas, e resolução de 1080p. Segundo a empresa, os aparelhos chegam às lojas em abril, por 7 999 reais (42LY3RF) e 10 999 reais (47LY3RF). Ambos serão fabricados em Manaus” (segundo a fonte da reportagem, a revista Info). Além disso, “as TVs full HD da LG têm duas entradas HDMI e tempo de resposta de 5 ms”. Explicando: HDMI é o mais moderno padrão de conectores existentes hoje no mercado. Através dele, você transmite sinais de áudio e vídeo pelo mesmo cabo. Áudio em 5.1 canais (home theater) e vídeo em alta definição. Chega daquele emaranhado de cabos, não acham?! Quanto ao tempo de resposta anunciado, isso é impressionante! Isso signfica que, em média, o televisor responde duas vezes mais rápido que a maioria dos outros televisores no mercado, que estão entre 8 e 10 ms (milisegundos). Qual é o benefício? Simples: coloque em uma cena de corrida de moto numa rodovia – esso é só um exemplo -, como aquela apresentada em Matrix Reloaded e você não terá nenhum problema de rastros na imagem, devido ao tempo de processamento. Isso é ótimo!

Full HD á preço de fusquinha!Já por parte da Samsung, que não iria deixar barato, a também Sul-Coreana compra a briga e anuncia os televisores da série Tulip M8 também Full HD (1920 x 1080), com tamanhos de 40″, 46″ e 52″ (” = polegadas). “Os modelos vão custar 7 499 reais (LN40M81B), 9 999 reais (LN46M81B) e 12 999 reais (LN52M81B). Todos eles têm 3 entradas HDMI, taxa de contraste dinâmico de 15 000:1 e tempo de resposta de 8ms – viram, esse tem 8ms, os da LG tinham 5ms! -, segundo a revista Info, fonte da notícia.

Vamos ver quanto tempo vai levar pra ver esses monitores chegando a patamares de R$ 5.000! Será que vai ser no Natal, amigos?! 😀





Explicando a Alta Definição

9 05 2007

Que a gente está entrando no mundo da alta definição, não tenham dúvidas. A TV Digital chegará em dezembro (em São Paulo, primeiro) e esse é um dos jargões da nova tecnologia: imagens 6 vezes mais nítidas que o DVD e 28 vezes mais nítidas que o padrão atual. Quando eles usam esses números pra demonstrarem o potencial da nova tecnologia, eles estão se baseando na resolução de transmissão/fonte do conteúdo da imagem (no caso das emissoras de tv e fabricantes/produtores de DVD). Funciona assim: hoje, nas transmissões analógicas, nós temos uma resolução de 320 x 240 pixels para formar a imagem. Esse número quer dizer nº x de linhas (vezes) nº y de pixels em cada linha. Isso é somente um pouco mais que a resolução de alguns celulares e é a resolução do iPod.

Quadro comparativo
Nas transmissões em DVD, a resolução é um pouco melhor: 640 x 480 (linhas x pixels em cada linha). Muitos de vocês já acham a qualidade de DVD ótima, mas, esperem pra ver o que é a Alta Definição (HD de High Definition). Os padões de HD começam em 720p e vão até 1080p. Esses números são só uma forma de dizer “a mesma coisa” que as outras resoluções, só que de um modo mais curto, usando como referência somente o número de pixel/linha. Ou seja, num televisor 720p, a resolução é de 1280 x 720 (esse é um padrão Widescreen, ou “tela-larga”, como no cinema). Existem algumas variações entre o primeiro nível da alta definição, o 720p, e o mais alto, o 1080p. Podemos encontrar, nesse meio-termo, o ótimo 768p, que corresponde á resolução de 1366 x 768. Já na resolução máxima, você tem 1920 x 1080. Esse, por exemplo, era o padrão do primeiro cinema digital brasileiro, no UCI New York City Center na Barra da Tijuca. Hoje a tecnologia avançou e os níveis de resolução exigidos para uma exibição cinematográfica também estão mais altos.

O símbolo p que aparece nas resoluções, significa progressive, ou, progressivo. Isso se refere á uma função presente na maioria dos televisores ditos prontos pra alta definição, o recurso Progressive Scan. Realmente, existem alguns que não estão aptos exibir os sinais de 720 a 1080p. Nesses casos, os televisores exibem o sinal entrelaçado (ou, i, de interlaced). O recurso do progressive scan está presente em DVDs players e em televisores também. Com ele, a varredura da imagem, que é o processo de formação de imagem na tela, é feita de forma diferente. Normalmente, no processo chamado (i) entrelaçado, a imagem é composta em duas etapas: nos quadros pares, que formam as linhas pares, e nos quadros ímpares, que formam, claro, as linhas ímpares. Eliminando esse processo duplo de formação da imagem, você garante mais nitidez nas cenas e maior clareza de detalhes em cenas de rápido movimento. O progressive scan funciona assim: como o nome diz, em inglês, ele escaneia a imagem formando, de uma só vez, as imagens com suas linhas pares e ímpares, quadro a quadro, na tela. Para maior proveito, tanto o televisor, quanto o DVD player devem ter esse recurso.

Existem alguns cuidados que devem ser tomados na hora da compra de um aparelho de alta definição. Um deles é justamente o processo mencionado acima, que melhora sensivelmente a qualidade da imagem. Também citado acima, deve-se procurar saber, na hora da compra, a resolução do monitor. Não adianta comprar aquele monitor que simplesmente diz HDTV Ready. Aí se esconde uma pegadinha que pode atrapalhar o consumidor na hora da compra. Tem televisores de plasma, os mais baratos, com resoluções de 852 x 640. Essa é uma boa resolução para reprodução de discos de DVD, que, como mencionei, tem resolução de 640 x 480. Mas, como acredito que o seu bolso não prevê a troca de um aparelho de R$ 4.000 em menos de 1 ano, recomendo que se compre somente televisores (que podem ser o LCD ou o Plasma) com resoluções de pelo menos linhas de resolução. É bastante comum, também, a resolução de 1024 x 768, porém, somente em aparelhos de plasma. Mesmo assim, eles são HDTV.

Esses são os primeiros passos pra uma compra inteligente de um aparelho que promete revolução na casa do proprietário. Com um pouco de pesquisa, leitura, e testes em lojas especializadas, a diversão estará garantida!