Decodificador HDTV por R$200 em Janeiro

20 12 2007

O assunto TV Digital foi algo que chamou bastante atenção dos internautas mais interessados em tecnologia nos últimos meses. Com a proximidade do início das transmissões da TV Digital aberta, em 2 de Dezembro, a massa de pessoas diversas, sejam eles fãs de tecnologia ou não, passaram a buscar a mesma informação. E nesse bolo de notícias relacionadas, um tema foi consenso: o preço do set-up box.

Aqui no Digo, esse foi um dos motivos que citei “para não aderir à TV Digital — por enquanto”. No texto, eu disse que “[…] os decodificadores que os fabricantes prometem colocar no mercado á tempo para o início das transmissões custarão por volta de R$ 700 sem recurso algum, nem interatividade, nem HDTV […]” e mais, informei que “[…] se o Governo conseguir colocar no mercado os receptores com valores em torno de R$ 200, segundo os fabricantes, isso só será possível com utilização de hardware e sinal voltado para a recepção móvel da TV Digital […]”.

Bem, tenho boas notícias pra dar: duas empresas do consórcio formado por Brasil e Índia para produção de aparelhos voltados pra TV Digital pode simplesmente dar um boom absurdo à TV Digital. Se a Enconre e a Comsat colocarem os decodificadores anunciados por ele com custo de produção de R$200 e vendidos ao consumidor por R$250, isso promoverá no país uma aderência a uma nova tecnologia como jamais vista nesse país. Digo mais, o Brasil pode se tranformar não apenas no país com a melhor TV Digital gratuita do mundo, em termos de codificação e modernidade de suas especificações, mas, também no país a adotar massivamente à tecnologia HDTV (Alta Definição).

Sim, porque a R$250 não haverá quem não compre! Vamos só esperar os outros jogadores (fabricantes de TV) mexerem suas peças nesse tabuleiro, que, depois desse anúncio, pode dar uma guinada inesperada.

Acho que teremos grandes surpresas a caminho!

Fonte: TelaViva News





CONSUMIDOR será “multado” por atrasos em vôos

5 12 2007

Lí essa notícia no O Globo, que diz que as “empresas aéreas ameaçam repassar multa para os consumidores, com aumento das passagens” e tive que fazer um comentário á respeito. Ao meu ver, está estampado nítidamente apenas com o título da reportagem que a multa, pobres usuários, serão pagas por eles. Sim, as multas por atrasos e má prestação de serviços ofertados á eles próprios serão pagos pelos mesmos lesados com os problemas das companhias.

“Posso estar sendo leigo no assunto, ou não tão acostumado com essas questões na terra brazilis, mas, NÃO ACHO JUSTO o usuário que comprar o seu ticket pagando pela prestação do serviço que a companhia tem a obrigação de prestar por completo e SER ONERADO previamente com relação á possíveis ATRASOS decorrentes da má prestação dos serviços das empresas em questão. Onde já se viu isso?
Espero não estar errado quanto ao meu pensamento… “





Ano Internacional da Astronomia 2009

19 11 2007

Como eu disse no post sobre o tal evento importantíssimo no Rio de Janeiro, em 2009, aqui será realizada a reunião principal, o momento onde as mais importantes mentes do século XXI dedicadas ao assunto estarão reunidas onde discutirão sobre a Ciência Astronômica.

Porém, qual é a meta principal desse evento? A Assembléia que ocorrerá no Rio, por sí só, não é um evento único. Essa mesma assembléia foi responsável esse ano pelo rebaixamento de Plutão do título de Planeta. Então, a grande importância desse evento está no fato de que esse será o evento ápice de toda a comemoração dada em 2009 onde se celebrará os 4 séculos desde a primeira observação feita por Galileu Galilei.

Chamado de IYA 2009 (Ano Internacional da Astronomia, em inglês), esse será o ano onde todas as metas dos grupos científico astronômicos para a difusão dessa ciência serão colocadas em prática. “O IYA 2009 deverá ser aberto na Itália, em 1º de janeiro de 2009, nas proximidades da casa de Galileu, e então estender-se por todo o mundo até 1º de janeiro de 2010.” Uma de suas principais metas será Difundir na sociedade uma mentalidade científica; Promover comunidades astronômicas em países em desenvolvimento e promover e melhorar o ensino formal e informal da ciência”, entre outras.

Uma série de atividades relacionadas á astronomia será realizada em diversas cidades do Brasil, além de uma programação televisiva influenciada pelo tema como forma de aproximar o cidadão do conhecimento astro-físico.

O site oficial em português do AIA 2009 (IYA) tem informações detalhadas á respeito desse ano histórico e do que se quer ser alcançado através de toda essa mobilização internacional.





Motivos para não aderir á TV Digital – por enquanto

16 11 2007

Como sou um aficcionado pelo assunto, muitas das pessoas que me conhecem pessoalmente me perguntam algumas coisas relacionadas á TV Digital e tecnologia em geral. Esses dias eu conversei com um amigo meu e chegamos á um denominador comum: a TV Digital, por enquanto, será uma futilidade.

Vamos ás razões:

Programação – Não haverá inovação alguma na sua forma de ver TV. Nem em Dezembro, nem nos longos próximos meses seguintes. O usuário que quiser se atualizar com a nova “tecnologia” irá pagar para trocar o 6 por 1/2 dúzia. Irá comprar para assistir á algo que ele assiste de graça. Sua grade de programação será a mesma naquele seu televisor de 1980, sem nenhum detalhe a mais. A multiprogramação, com dois programas ou mais sendo transmitidos no mesmo canal não será uma realidade para o brasileiro – multiprogramação não é uma intenção das emissoras, visto que não há forma de patrocínio /publicidade que sustente tal finalidade. Como disse Fernando Bittencourt, diretor de engenharia da Tv Globo, “nós não temos duas Casas Bahia”.

Imagem – Sua imagem não irá mudar: a menos que você compre um caro televisor de Alta Definição, a qualidade da imagem na sua TV só estará mais limpa. O que quer dizer que, pra maior parte da população, o usuário pagaria centenas de reais para ter o equivalente a apenas uma anteninha melhor. O sinal da TV Digital é mais robusto, mais forte, sim. Ou ele pega ou não pega. Mas, não espere uma melhoria espantosa na qualidade da imagem, a menos que você assista á conteúdo em HDTV. Por falar nisso…

Alta Definição (HDTV) – O abastado cidadão que se dispor á comprar os equipamentos necessários, que significa dizer um televisor digital caro e mais o receptor preparado para Alta Definição – que não é o mesmo “baratinho” de R$ 700 que pretendem colocar no mercado “popular” -, pagará, pelo menos uns R$ 5.000 para assistir á novela das 8 e alguns jogos de futebol – de acordo com os planos de HDTV da maior emissora do país. Serão milhares de reais gastos pra ver uma programação escassa, com pouquíssimas horas de transmissão em alta definição.

Interatividade – Você quer comprar um decodificador que estão prometendo lançarem no mercado, com preços iniciais de R$ 700 para não ter HDTV, multiprogramação, interatividade e nem guia de programação? Pois é isto que acontecerá inicialmente. Para se ter recursos de interatividade, o receptor que será vendido por essa bagatela não terá, inicialmente, o software necessário para codificação e decodificação das informações interativas. O software chamado de GINGA, é um software nacional, desenvolvido em parceria entre o Governo Federal e universidades brasileiras, porém, seu uso pleno nos receptores ainda não foi testado.

Mobilidade – Você sonha em assistir á tv na liberdade de seus passos, através da telinha micro do seu celular? Então espere a queda de braço entre o Governo e as operadoras de telefonia móvel. Enquanto o Governo sonha com as promessas (que nunca deixam de ser promessas…) as operadoras brigam com unhas e dentes por essa fatia do bolo: os dividendos dos tráfegos de dados gerados pela vizualisação de vídeos nas suas redes. O que a tecnologia adotada pelo Brasil permite é que se assista á programação de tv nos celulares gratuitamente, fora do uso das redes de celular, com alterações de hardware feitas de fábricas. Porém, com os aparelhos hoje sendo mais das operadoras do que das montadoras (Nokia, Samsung, etc), quem decide o que oferecerá o celular? Elas, as comedoras dos preciosos reais por minuto. “Porque de graça se nós podemos cobrar por isso?”, pensam as cabeças controladoras dessas companhias

Preço – Nem preciso dizer mais né? Os decodificadores que os fabricantes prometem colocar no mercado á tempo para o início das transmissões custarão por volta de R$ 700 sem recurso algum, nem interatividade, nem HDTV. Aos usuários que quiserem pagar por conteúdo em alta definição desembolsarão algo em torno de R$ 1.000 pra ver o que eu já disse: uma média de 2 horas/dia de programação. Se o Governo conseguir colocar no mercado os receptores com valores em torno de R$ 200, segundo os fabricantes, isso só será possível com utilização de hardware e sinal voltado para a recepção móvel da TV Digital, os chamados 1-SEG, e que terá, veja bem, metade da resolução da atual tv analógica.

Sinceramente, não poder ver nem o que está passando na tela, como nome do programa e sinopse, pra mim, não vale o meu dinheiro nem a minha paciência. Na melhor das hipóteses, o sujeito que pagar os milhares de reais necessários para se tirar o melhor proveito da tecnologia, levará pra casa um elefante branco capaz de proporcionar apenas 2 horas de conteúdo em HDTV, a única promessa a ser cumprida com o início das transmissões. Na pior das hipóteses, o cidadão comum desembolsará uma quantia equivalente a 2 salários mínimos pra pagar o imposto mais caro para se assistir á televisão aberta e gratuita que esse país já viu, sem com isso levar nada em troca.

Detalhe: esse decodificador de sinal digital é feito justamente pra receber o sinal e adaptá-lo á resolução do seu aparelho televisor, o que quer dizer que invariavelmente você estará sujeito à qualidade de imagem oferecida pela sua telinha.





TV Digital no Brasil: até o iPhone entra na dança

7 11 2007

O Ministro Hélio Costa atacou duramente, mais uma vez, os fabricantes de aparelhos conversores de sinal para a TV Digital que tem estréia prevista para 2 de dezembro, em São Paulo.

Um dos motivos mais preocupantes para o Ministro Costa é o preço que os fabricantes estão declarando que irão cobrar quando os aparelhos forem lançados. Hélio Costa declarou que os aparelhos básicos, com menos recursos custarão ao consumidor algo em torno de R$ 200. Porém, os fabricantes disseram que não teriam condições de colocar no mercado, inicialmente, produtos com valores inferiores á faixa dos R$ 700.

Com isso, Hélio Costa atacou declarando ser “caso de polícia e CPI”. E é aí que vem a parte mais legal: “Um iPhone, que é o que existe de mais avançado hoje nos EUA, custa US$ 240, e vão me dizer que uma simples caixinha que só recebe o sinal custa R$ 700?”, ironizou Costa. Legal o Ministro citar o sonho de consumo americano do momento (nesse caso, sonho mundial!). Porém, infelizmente o Ministro pagou um micozinho desnecessário. US$ 240 não é nem o preço do iPod Touch, que tem a mesma tela e funções do iPhone. Na realidade, o iPhone hoje está custando US$ 399.

Mesmo assim, dá pra perdoar o errinho do ministro e entender né? Na cotação de hoje, R$ 1,74, o iPhone sairia por R$ 694,26. Quase 700, mas, como disse ele “uma simples caixinha que só recebe o sinal”.

Atitude apoiada! Afinal, como muitos sabem, tá no jogo do toma lá da cá. O Governo estipula um preço que dá uma porrada no bolso do fabricante, que quer sempre mais; esse promete que vai dar uma porrada no bolso do comprador. Por sua vez, o fabricante chora mesmo é pra que o Governo reduza os impostos, e ele faça uma boa ação vendendo um produto que era 700 por 300, ainda assim mais caro que o estipulado pelo Governo, como preço ideal, razoável.





2014 – 6 anos e meio pra alavancar o Turismo

6 11 2007

Um dos mestres do assunto viagem na blogsfera brasileira, também colunista da Revista Época, publicou na íntegra em seu blog o texto que ele escreveu na última edição da revista. Pra quem não sabe de quem eu estou falando, é o Ricardo Freire, do Viaje na Viagem.

Esse é um texto recomendado aos conspiradores de plantão, aos ativistas da entidade fracasso-certo, que profetizam inúmeras possibilidades pessimista a qualquer coisa que o país produza. E com inteligência e otimismo o Freire mostra como é possível que façamos a melhor Copa do Mundo sim. Após a Copa da Alemanha um novo paradigma foi ditado às cidades-sede sobre como receber e festejar a chegada dos torcedores e realização dos jogos. Criou-se, então, o modelo Copa+Carnaval durante os jogos, modelo que tem deverá ser aplicado facilmente na África do Sul, em 2010. Portanto, que outro país há nesse planeta pra fazer o maior e melhor carnaval do mundo e ainda ter a fácil missão de organizar e dar vida a uns joguinhos de futebol? Conhece algum que faça melhor que o Brasil? Acho que não… E como não poderia esquecer, o próprio Freire diz mais ou menos nessas palavras: “teremos seis anos e meio pra fazer o que fazemos em menos de um ano e é o melhor do mundo!” Com todo esse tempo, alguém duvida que teremos o melhor carnaval de TODOS OS TEMPOS?

“Há muito que ser feito, e seis anos passam rápido. Mas para quem faz o Réveillon de Copacabana, uma Copa do Mundo é fichinha” por Freire, no Viaje na Viagem





Copa 2014 no Brasil – Pode ser que sim, pode ser que não

30 10 2007

A FIFA confirmou hoje o já muito esperado anúncio oficial da realização da Copa do Mundo de Futebol no Brasil, daqui a 7 anos. Muito já foi falado, muitas fotos já sairam na internet a respeito dos projetos e muito, muito há de se cumprir pra que, realmente, a Copa seja sediada em solo brasileiro.

Porém, o que talvez nem todos saibam é que esse anúncio de hoje, 30/10/2007, não é a, digamos, bênção final da FIFA. Agora é a etapa do “depósito de confiança” da organização no país exigindo que todos os requisitos mínimos, além dos projetos propostos pelo país sejam estritamente seguidos, postos em prática, dentro do cronograma, inclusive, para, aí sim, a FIFA decretar ao Brasil o direito de sediar os jogos em ’14.

O que isso quer dizer? Quer dizer que, como pra todos os outros países isso também foi regra, para o Brasil não será uma exceção. Nosso país terá até 1º de junho de 2012 para apresentar todos, absolutamente todos os projetos a serem entregues até aquela data, de acordo com o cronograma de obras e desenvolvimento, ou, em alguns casos, comprovarem o andamento de obras em estágios que, de acordo com o previsto, estejam dentro do prazo até 2012 tendo tempo satisfatório até sua conclusão bem antes do inicio do mundial de futebol. Em outras palavras, a FIFA não tolera atraso. Felizmente, não haverão, caso o Brasil se comprometa profundamente, atrasos como houveram no PAN do Rio de Janeiro. Se o Rio se comprometer a construir 3 novas linhas de metrô, por exemplo, com 40km cada, ele terá de cumprir isso milimetricamente, dentro do prazo, senão a FIFA, nesse caso específico, cancelaria a participação Carioca no Mundial. Isso é só um exemplo. As obras, que a CBF junto com os Governadores dos estados interessados se decidiram por fazer, são tanto obras de infra-estrutura como de segurança, educação, entre outros.

Caso o Brasil não esteja seguindo como comprometido o projeto para realização do campeonato, a FIFA tem até junho de 2012 para anunciar o cancelamento do Brasil como país sede e escolher outro. E isso ela pode fazer em qualquer etapa do projeto, seja em 2009, ou depois, caso esteja algo indo muito errado. De acordo com matéria divulgada no O Globo, inspeções trimestrais serão feitas durante todos os anos e, caso algo errado seja detectado, a FIFA envia uma notificação exigindo respostas em até 72 horas.

Um coisa interessante que falaram:

“A Copa do Mundo tem uma particularidade porque o Brasil terá que realizar em cinco anos o que faria em 25 ou 30. Ou seja, isso seria muito bom para ajudar no desenvolvimento do país.”

Espero realmente que o nosso país não decepcione, que tudo que seja prometido seja cumprido. Não queremos nossa imagem mal na fita né?! Temos tudo pra transformar nossas cidades radicalmente pra receber o que o Romário declarou ser “a maior Copa do Mundo de todos os tempos” em seu discurso após a escolha.

Agora, queridos leitores, é esperar até 2009 pra torcer para o Rio de Janeiro ser anunciado como cidade sede dos Jogos Olímpicos de 2016! Aí não duvide: veremos VLTs (LRT em inglês), TGVs e um completo e novo sistema de infra-estrutura da cidade.

Essa próxima década promete!





Na carona do amigo: Tropa de Elite o filme

4 09 2007

O Quintino do Diário do Rio postou, eu comentei, e tive que trazer aqui, afinal, não se fala de outra coisa.

“Não é por nada, mas anda parecendo que aqui na cidade do Rio sou o único que ainda não viu Tropa de Elite! As cópias piratas se alastraram de tal forma que anda sendo mais comentado que qualquer blockbuster americano! Conheço várias pessoas que já viram 3, 4, 5 vezes… sem brincadeira…”

Pois é Quintino, você não é o único que não viu esse filme ainda não. Eu também não vi. Pelo simples motivo de não comprar filme pirata mesmo. Eu até baixo músicas, mas, sei lá, filme eu já não faço isso.

Quanto ao filme em si, ele parece merecer todo esse alarde mesmo! Sabe aquelas pessoas topeiras, que dizem logo “eu nem gosto de filme brasileiro (…)” – pelo jeito que a pessoa fala, nota-se que entender filme ela também não entende – “mas esse Tropa de Elite é muito bom”? Já me disseram isso várias vezes.

E eles sempre dizem essa frase antes de elogiar o filme. É como se eles tivessem vergonha de dizer que existe alguma chance remota de apreciar bons trabalhos brasileiros.

Tropa de Elite é O filme do ano no Brasil. Nem o homem-aranha entrou desse modo nas rodas de conversa. Quanto á data de estréia do filme, comentada no Diário do Rio, talvez não haja muito o que fazer mais não. É que o Festival do Rio será o palco de estréia do Tropa de Elite. Esse será o filme de gala que abrirá o Festival.

Uma coisa que me deu tristeza pelo trabalho do Padilha é que existe sim uma chance de que a bilheteria dele seja fortemente prejudicada pela pirataria. Raciocine comigo: quem, apreciador de pirataria, vê uma real vantagem do cinema frente ao seu “conforto” do lar, com a pipoca, cerveja, amigos e o poderoso botão ‘pause’? O público pirateiro não é bem o cinéfilo ansioso…

Que tudo dê certo! Esse filme promete. Estou louco pra ver!





Serra sugere “trem meio bala”

1 09 2007

Um trem como esse só pode dar vazão a todo o potencial de desenvolvimento da região se houver paradas no meio. A viagem de ponta a ponta não é interessante. As paradas, provavelmente, reduzirão a velocidade do trem. Talvez nós devêssemos ter um “trem-meio-bala”. Não totalmente bala. Tudo isso precisa ser convenientemente analisado – destacou Serra.”

Eu acho que ele tem razão, sim, em querer expandir o potencial econômico gerado por essa ligação ferroviária. Porém, há de se convir que num projeto dessa magnitude, existem soluções coexistentes. Eu acho que alguns trens, em alguns horários deveriam fazer a ligação de ponta a ponta, sem nenhuma parada. Digamos, por exemplo, de 1 em 1 hora entre 7 da manhã e 7 da noite. Poderiam facilmente serem construidas techos que desviassem dos trilhos das estações e o trem continuasse em alta velocidade até chegar ao seu destino final.

Acho que pode haver 2 projetos. O que não vai poder é transformar um trem que tenha tecnologia para rodar a 360km/h num trem que rode á metade disso. Para isso façam investimentos menores.





Brasil pelo “unbundling”: uma necessidade econômica

29 08 2007

Existe uma mecanismo de regulamentação que pode mudar completamente o cenário da prestação de serviços de telecomunicações no Brasil: unbundling. Já há um tempo que eu venho querendo falar sobre esse assunto tão poderoso que pode realmente mudar a forma como conhecemos e adquirimos serviços seja de internet como de tv por assinatura. E nada disso envolve novas tecnologias nem mudanças no que já existe hoje, físicamente.

O processo é puramente regulatório: basta que se mude alguns detalhes nas leis que regem esses mercados. Ultimamente esse assunto tem rodado em alguns sites políticos e outros que tratam das teles. Dessa vez, o Senado está em consenso sobre o assunto: o Brasil necessita de uma prática que desagregue as redes físicas de seus efetivos prestadores de serviços. É exatamente isso que essa palavrinha estranha e mágica, o “unbundling”, propõe. Os serviços de telecomunicações hoje, seja tv a cabo, seja internet ADSL, são prestados de acordo com o alcance de suas respectivas redes físicas, logicamente, porém, para cada tecnologia específica, tanto de tv quanto de banda larga, há diferentes prestadores que possuem o direito de propriedade em suas redes que lhes dá o direito de exclusividade no uso, além do direito de não ofertar o serviço em questão. Essas práticas, hoje, no mercado monopolizado do Brasil, fazem elevar, por exemplo, em 10 a 20 vezes o preço de um serviço de banda larga ADSL se comparado com outros países no mundo.

O que ocorrerá com a regulamentação do processo de unbundling é que as teles perderão o direito de propriedade sobre as redes, o que promoverá desmonopolização e, consequentemente, baixa nos preços por conta de um mercado mais concorrido. Hoje, 29 de agosto, durante um debate no Senado Federal, o presidente da Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas (TelComp), Luiz Cuza fez sua apresentação focando na necessidade de expandir o acesso às redes. Cuza protestou contra as regras atuais que estariam fazendo com que o preço da conexão via ADSL no Brasil fosse de 10 a 20 vezes maior do que em outros países.

Esse processo, que já é adotado em outros países, está legalmente previsto na Lei Geral das Comunicações, onde diz que as concessionárias são obrigadas a oferecer, a preços não discriminatórios, acesso aos seus concorrentes.

Eu acredito que, antes de qualquer licitação das frequências de WIMAX ou 3G, um amadurecimento nas formas em que os serviços existentes hoje são prestados, já garantiriam um avanço significativo na base instalada de assinantes de banda larga no país, antes mesmo de se pensar em questões promovidas pelas tecnologias de banda larga sem fio como alcance em áreas que as teles não ofertam nem telefonia nem banda larga. Antes de se chegar na equação do problema rural, há de se resolver em caráter de urgência, a questão da democratização e desmonopolização dos serviços já prestados. A inclusão digital á ser feita na região rural é o que poderíamos chamar de última etapa na universalização do acesso em banda larga. Antes, há muito o que se fazer por aqueles que estão a um passo de entrarem para o mundo das informações em alta velocidade.

Antes de colocar uma nova tecnologia para disputar mercado e delegar ás prestadoras de serviços o controle na redução dos preços ao consumidor, sem marco regulatório que influencie isso, o Governo poderia efetivamente produzir um cenário mais propício ao crescimento do mercado, regulamentando com artifícios previstos em lei que trariam de imediato mudanças na forma como o consumidor contrata os serviços já existentes, saindo ao final das contas, como uma inteligente e eficaz medida a curto prazo.





Mais um passo rumo ao trem-bala

29 08 2007

Algumas notícias desses últimos dias me assustaram, mas, consegui recuperar o fôlego diante de outras. É o seguinte: no dia 18 deste mês, a Veja publicou que “foi o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, quem enterrou o projeto do trem-bala entre Rio e São Paulo, feito pela empresa italiana Italplan. (…) Coutinho descobriu dois problemas no projeto. Um: os italianos superestimaram a previsão de retorno financeiro. Dois: a Italplan queria que o governo pagasse 450 milhões de reais pelo projeto, caso ninguém quisesse executar a obra.”

Porém, felizmente, dando uma olhada hoje no que saiu de notícia do Estado do Rio no site da Secretaria de Comunicação, eu li algo que me deu uma reanimada: Rio e São Paulo assinam convênio sobre trem-bala. Lá diz que os governos de ambos estados assinarão amanhã um acordo para a criação de uma comissão interestadual para acompanhar o projeto.

Ainda dá pra acreditar no projeto, não dá?! Eu sou otimista quanto á essa obra. Vamos acompanhar e ver no que dá.





Velozes e Furiosos 4 poderá ser gravado no Rio de Janeiro

27 08 2007

Já está se espalhando pela rede, mas, como fala do Rio de Janeiro, eu não posso deixar passar em branco.

A imagem “https://i0.wp.com/carsale.uol.com.br/noticias/fotos/velozes1.jpg” contém erros e não pode ser exibida.Segundo a revista online Carsale, do UOL, o Rio de Janeiro pode ser a próxima cidade cenário para o filme Velozes e Furiosos. “Após Los Angeles, Miami e Tóquio, a cidade do Rio de Janeiro pode ser o cenário para a mais nova sequência da franquia Velozes e Furiosos (The Fast and the Furious). Como se não bastasse a boa surpresa – principalmente para nós brasileiros – o quarto filme pode reunir os astros dos episódios anteriores, Vin Diesel, Paul Walker, Tyrese Gibson e Lucas Black.”

As poucas informações que temos é que o filme poderá ser lançado no meado de 2008, no verão americano. Caso se confirme, teremos um verão badalado esse ano, com gravações pipocando pela cidade maravilhosa.





Brasil – A maior potência paraesportiva das Américas

20 08 2007

Como não poderia deixar de ser, o Digo parabeniza alegremente á todos os atletas brasileiros que deram esse show de felicidade, de força, de garra e de superação. A alegria da maioria deles provando todas as virtudes do esporte, mostrada em cada foto, é contagiante e admirável. Por isso, fica aqui registrado os parabéns em meu nome, Thyago Miranda, aos 238 atletas que deram esse show emocionante, e colocaram o nome do país como a principal potência paraesportiva do nosso continente.

bandeira-atleta-parapan.jpgA Agência Brasil orgulhosamente destaca esse fato, e aqui também cedemos nosso espaço á esses números: o Brasil ficou em primeiro no quadro de medalhas com 83 medalhas de ouro, 68 de prata e 77 de bronze, num total de 228 medalhas, de acordo com os dados do Comitê Organizador do Parapan Rio 2007.

Á todos os Ariosvaldos (foto de Cezar Loureiro/O Globo), á todos os Clodoaldo Silva, os André Brasil, á todos esses e aqueles que junto á eles protagonizaram essa conquista, os sinceros agradecimentos dessa nação que, esperando resultados pós Parapan-Americanos, torcem para que o país possa dar um salto rumo á plena igualdade de acesso á todos os bens, serviços, locais e esportes, para todos os seus cidadãos.

Mais uma vez, parabéns!





O enforcamento das ferrovias

16 08 2007

Os debates sobre o erro histórico dos governos brasileiros passados, acerca da valorização das rodovias em detrimento das ferrovias andam acalorados em diversos sites, blogs e fóruns. No Viaje na Viagem, do Freire, os tripulantes discutem a implantação do trem-bala, a revitalização de linhas antigas e a história da ferrovia brasileira.

No post, é isso que eu tenho á dizer sobre tais assuntos:

Eu acho que esse erro histórico na vida desse país, priorizando rodovias em vez de ferrovias, vem de ganância política de um mercado que já se traçava ligeira e burramente americanizado. Era o progresso das estradas e dos automóveis nas terras de Kennedy que fizeram os tupiniquins aderirem ás “glórias” do transporte individual. Já posso imaginar as campanhas publicitárias com fotos de uma família reunida, na sua privacidade, com o seu carro, rumo ao progresso sempre ao alcance, com as novas estradas.
Além disso, a maior estatal brasileira estava apenas crescendo. Onde é que enfiariam a produção e quem, senão os motoristas, pagaria por essa “máquina de imprimir dinheiro”, como era comumente chamada as empresas petrolíferas?
Vivemos de profundos erros políticos. Profundos, desgastantes, exaustantes… Nosso erro primário foi cometido em 1500. Foi uma nação errada a que aportou aqui. Se fossem os Holandeses…

Eu considero esse erro algo que o Brasil dificilmente se recuperará. Existe muita força política minando certas decisões mais inteligentes. Infeliz e irritantemente, vivemos numa nação egoísta. Os políticos que estão em seus cargos, em sua maioria, só querem enriquecer-se e tirarem sempre, de toda e qualquer situação que seja, qualquer mínimo proveito. Sempre tem um gentil patrocínio por fora, para ajudá-los a tomar certas decisões. Quando é que isso vai parar, eu não sei. No post do Freire, uma leitora, a Sylvia, chega a perguntar: “Será que nós ainda vamos estar neste planeta para podermos viajar pelo nosso país de trem ??” Ela não está sendo leviana nessa pergunta. Existe essa possibilidade.





Espaço na classe econômica: uma questão polêmica

8 08 2007

Ultimamente, nem quem tem módicos 1,70m de altura está livre do desconforto causado pela ganância já audaciosa das companhias aéreas. O que dirão então os “coitados” – como esse que vos escreve – que tem mais de 1,90?! No meu caso, os meus sofridos 1,98m já não aguentam mais ser enlatados em qualquer transporte que seja…

E é com base no conforto do usuário que o Ministro-grandão Nelson Jobim (1,90m) pretende pressionar as empresas aéreas de modo á prevalecer o conforto do usuário antes do lucro da companhia (não esqueça da questão da segurança não, tá senhor Jobim!). De acordo com matéria divulgada na Agência Brasil o Ministro da Defesa quer que seja diminuído o número de assentos nas aeronaves para que o espaço vital para os passageiros seja minimamente confortável. Eu sugeriria que fosse, pelo menos, humanamente confortável… “Já determinei à Anac a recomposição desse ‘espaço vital’ [termo técnico da distância entre as poltronas] de forma que se respeite o usuário e não o interesse exclusivo da empresa”, disse o ministro.

O ministro apresentou dados para mostrar a estratégia das empresas aéreas. Segundo ele, em 2003 foram 221 mil pousos e decolagens. Já em 2006 o número subiu para 231 mil. “Os vôos foram inferiores ao crescimento da demanda, o que significa que as empresas aéreas passaram a usar aviões maiores ‘comprimidamente’.

Se ele realmente tiver pulso para determinar uma mudança tão importantemente benéfica como essa, acho que os pesadelos de muitos grandões aí terão acabado. Já se ele não tiver…