Caçando as Pipas… Coisas do outro lado da Baía

22 01 2008

Pois é… realmente uma típica coisa desse outro lado chato, bem chato, digamos, um belo porre da Baía de Guanabara. Não bastasse esse lugar não ter tantas opções culturais como o Rio, o que não é nenhuma surpresa, afinal, a única cidade que faz frente ao Rio, é São Paulo, esse lugar aqui sofre de problemas cinematográficos.

Enfim, não bastasse esse probleminha, até contornável, Niterói ultimamente tem sido assolada pelo terror do cinema-bosta, cine-pipoca, blockbuster ou coisa assim. O “Caçador de Pipas”, por incrível que pareça, até faz sim o gênero blockbuster, embora seja um filme rodado com outro idioma, que não o inglês, ainda assim é uma cara produção norte-americana. Mas, o filme do Hassan não está em Niterói, assim como diversos outros filmes deixam de dar o ar de sua graça por essas bandas daqui.

“Se não for um filme acéfalo, não é visto” devem pensar os gerentes de cinema nessa região. O estranho é eles definirem essa visão grosseira justamente pra cidade de Niterói que é intensa consumidora de cultura. Numa cidade como São Gonçalo, por exemplo, infelizemente, até que esse pensamento faz sentido no único cinema da cidade, mas, Niterói?

Acho que já deveriam ter cortado as asinhas do Cinemark Plaza Shopping! Sua programação não é tão boa assim… Cadê o grupo Estação em Niterói hein!?





As surpresas de um Reveillón… no morro!

2 01 2008

A festa na praia estava começando a ficar contagiante. A esta altura, assumia o comando da festa o Dj Malboro. Ali começaria, então, a se escrever mais um capítulo da história do Reveillón do Rio de Janeiro.

Os fogos ainda explodiam, mansamente, em algumas balsas. O que ainda garantiu um ar de comemoração. Afinal, ainda melhor que um céu de luzes e explosões de uma só vez, é poder continuar a festa com um brilho no céu a lembrar: sorria, o ano novo chegou! Então, no embalo de algumas músicas, o céu se enchia de cor, as vezes lá ao fundo, ás vezes logo na sua frente. Mas, de repente, os fogos vinham também de trás.

E aí o sorriso estampou no rosto de um carioca amante dessa terra: uma das comunidades que tem a melhor vista da cidade, estava se afirmando como uma verdadeira comunidade — Cantagalo está em festa!

E era isso mesmo! O morro em Copacabana se enchia de festa e alegria pra brindar a chegada de 2008. E não dá pra deixar de dizer: pro coração de um amante desse lugar, que mesmo sabendo de suas belezes internacionalmente conhecidas e suas mazelas tristemente espalhadas por aí, não há alegria maior que ver o nosso povo lá do alto de sua beleza e seu esforço, realizar uma festa deles, pra eles, e pra disputar a atenção de quem está em baixo, vendo de longe, diferente de todos os outros anos, a festa deles.

E isso é o Reveillón carioca. É uma festa de todos, onde todos comemoram. Muitos, claro, estão juntos, na praia, no maior exercício de convívio social, algo que nossa terra tem a ensinar aos outros de diferentes culturas. Nós nos reunimos, nós damos festa. Muitos estavam bêbados, mas todos muito felizes. E isso é uma coisa que, quem vem de fora, vê e dá valor á nossa festa. É até difícil expressar a alegria, pra quem gosta, claro, de ver como tudo sai bem, na sua maioria, numa festa de proporções gigantescas. É bom que não se esqueça que em nenhum outro lugar desse planeta, em nenhuma outra cultura, terra ou cidade, ninguém se reúne dessa forma, nem nessa quantidade.

E os fogos do Cantagalo não páram! E foi realmente a surpresa da noite. Os organizadores da festa, cá em baixo, até tentaram fazer algo diferente, inesquecível, que no final, deu certo com seu propósito principal: comemorar a chegada de 2008. Mas, eles conseguiram, também, o memorável fato de terem tido o maior número de erros. Foi bom estar lá, é ótimo participar dessa festa, mas, espero do fundo do coração que erros ruins como esses, como o de um detonador com relógio de ponteiro e isolado sem comunicação, não se repita em ano nenhum. Porque, dessa vez, eu não tive contagem regressiva… Pra mim, um pouco de 2007 ainda ficou na minha cabeça que não entendeu a sua passagem.

“Nossa, tá boa a coisa na favela hein! Megaprodução” — disse uma espectadora dos fogos em copacabana sobre os fogos no Cantagalo. E, como eu achei essa frase emblemática, prometi colocá-la aqui.

Eu não sei se alguém do Cantagalo vai ler esse post, que foi feito em homenagem a eles. Mas, se alguém de lá vier aqui, quero dizer que a surpresa da noite foram vocês, que a festa de vocês garantiram bons momentos de emoção a quem entendia o quê aquilo significava. Acho que serve de exemplo, esse reveillón particular, essa afirmação de que vocês também tem vez na sociedade. E se a mídia não noticiou a felicidade dos fogos lá no alto do morro, eu no meu pequeno blog faço essa homenagem e desejo a vocês, um grande ano, de conquistas prometidas por ações políticas, e conquistas pessoais de todos vocês. Parabéns a quem quer que tenha tido a idéia e a vontade de fazer esse espetáculo!





Fretes abusivos: diferença de até 500% na Saraiva Online

26 10 2007

Caros leitores, publicarei, conforme avisado á própria Saraiva, a cópia do meu email enviado á eles nessa tarde, como forma de tornar público esse abuso que se tornou a cobrança de fretes no Brasil. Os valores, como serão demonstrados abaixo, variam de 300 a 500% entre cidades vizinhas.

Como vocês, aguardarei respostas ao caso que será, também, publicada aqui no Digo. O que acontece não é um erro do lojista online, mas, uma prática deles que estava se tornando frequente, e já há algum tempo eu vinha desistindo de comprar por achar simplesmente que o preço aumentou e era normal. Veremos então, qual será a resposta deles.

Enquanto isso, a mensagem original, enviada por mim, Thyago Miranda, hoje:

“Acabei de falar com o atendente Marco Antonio no chat, que me instruiu a enviar um email ao atendimento.
Pois bem, a minha dúvida é com relação ao frete. Como expliquei a ele, eu estava fazendo uma compra de um livro que não se encontrava na promoção de frete grátis, ao contrário do que eu comprei nessa madrugada e que já está sendo enviado para mim. O que me espantou absurdamente foi o valor do frete cobrado.
Moro em São Gonçalo, região metropolitana do Rio que, pra vocês da Saraiva sai como RJ – Capital. Quando fui realizar a compra, supresa: R$ 17,92 de FRETE! Colocando outros CEPs do Rio, mais uma surpresa: se eu efetuasse a compra, e concordasse com aquele valor de frete, eu pagaria mais de 3 vezes o valor cobrado para o Rio de Janeiro e para Niterói, cidade vizinha á minha. Já verificando com um CEP do interior, surpresa maior ainda: lá eles pagariam quase 5 vezes menos que eu!
Não posso concordar com uma cobrança dessas. Esse é um preço abusivo. Se eu realizasse a compra de um livro que custasse 30 reais, eu pagaria simplesmenet 60% do valor da mercadoria só pra recebê-la.
Não quero deixar dúvidas algumas para os senhores não me darem respostas vagas: a compra que seria realizada era de 1 (um) único ítem, que é o livro “Neve – Orhan Pamuk” no valor de R$ 33,00.
Porém, para a minha ingrata admiração, resolvi testar o serviço de cálculo de fretes de vocês. Quero que fique bem claro que caso eu confirmasse aquela compra eu seria cobrado daquele valor sem direito a reclamar, uma vez que eu tinha autorizado tal cobrança. Sendo assim, parti para um teste com um livro no valor de R$ 6,70 (SEIS REAIS E SETENTA CENTAVOS) de título “Minutos de Sabedoria”, de Carlos Torres Pastorino. Frete: R$ 17,92. O frete, senhores, nesse caso custaria 267% a mais do valor do produto!
Gostaria saber se isso realmente procede. Se são realmente esses valores praticados por vocês ou por suas transportadoras oficiais. São variações absurdas, de 300 a 500% entre os fretes cobrados em diferentes regiões próximas.
Aguardo contato com soluções cabíveis ao caso, que não há, aos olhos do consumidor, justificativa alguma.”




iPod Touch: Por enquanto, a minha pior experiência em eletrônicos – ATUALIZADO

13 10 2007

imagem894.jpg

Publiquei num comentário no MacMagazine e não achei justo não colocar aqui, no Digo. Na verdade, eu estava inclusive pensando se era necessário publicar qualquer comentário sobre minhas experiências com o iPod Touch – quando eu ainda achava que elas seriam as melhores possíveis. Vou reservar, inclusive, aos leitores do Digo, uma opinião contrária a minha, que será a pior que vocês lerão sobre esse aparelho, por se tratar de um defeito único que não aconteceu a NENHUM usuário de iPod Touch no mundo inteiro nesses 30 e poucos dias de lançamento do aparelho.

Para que possa haver essa opinião oposta a minha, vou convidar o Marcus Roberto, leitor do Digo e amigo meu pra que publique todas as suas impressões sobre o seu Touch que chegou junto com o meu, nessa quinta-feira, 11/10. Enquanto isso, essa é a minha história:

imagem909.jpg“(…) o iPod Touch é lindo, maravilhoso. Mas, eu acho que eu fui o cara mais azarento de todos na compra desse iPod. Eu e um amigo meu compramos o Touch, que chegou pra gente nessa quinta-feira. O dele está funcionando, o meu…
Já fazem mais de 30 horas e eu não consegui resolver o problema dele:
Primeiro: o iTunes reconhecia ele como um iPhone e dizia que o software para o iPhone ainda não estava instalado. Eu deveria reinstalar o iTunes para que funcionasse corretamente. Detalhe: enquanto isso, o iPod Touch ainda estava bloqueado. Ao contrário dos outros iPods que, quando você liga ele já está “aberto”, com você podendo acessar o menu dele, porém sem conteúdo, o Touch vem bloqueado obrigando você a conecta-lo ao iTunes primeiro.
Por sua vez, o Windows o reconhecia com uma câmera. Daí eu já estava com medo: putz, será que eu comprei um Touch e eles colocaram o software do iPhone nele?! Eu estaria ferrado! Primeiro porque ele não faria ligações, e eu ainda correria o risco de ter que desbloquear operadora e afins…
Segundo: Depois que eu conectei e tive um golpe de sorte, que foi quando o meu iTunes reconheceu ele… o computador foi resetado! EXATAMENTE ISSO: R E S E T A D O. Pelo menos, á partir de então, eu acessava o iPod em si. Mas, daí eu já estava a um passo do desespero. Daquele momento em diante, o meu iPod Touch, toda vez que conecta ao computador e, quando eu abro o iTunes, ele se comunica com o iTunes e reseta o meu computador. Simples.
Daí eu tive que recorrer a tudo, absolutamente tudo possível. Google, Apple, Apple Discussions. No fórum do suporte da Apple eu postei minha revolta tentando alguma solução. Ontem, feriado nesse país aqui, eu ficava completamente de mãos atadas, não podendo ligar pro suporte Apple Brasil nem pra nenhuma assistência técnica. No suporte via fone, dizia o horário de atendimento, que, claro, excluia domingos e feriados e FUNCIONAVA no sábado, de 9 ás 13. Então…
Então hoje eu liguei pra lá e a mesma maldita mensagem continuava a tocar dizendo o horário de atendimento e me agradecendo por ouvir aquilo…
Terceiro: Tentando resolver os meus problemas, achando que era o meu Windows, formatei a máquina. Mandei tudo pro outro iPod que ainda tem espaço de sobra e, ao contrário dessa porcaria de touch, ele funciona como HD externo. Copiei todas as minhas músicas sem tirá-las do arquivo de músicas audíveis no iPod (como se eu duplicasse as músicas no iPod: dava pra eu ouvir nele e, como teoricamente eu não posso tirar músicas dele, eu coloquei como arquivo no HD também). Enquanto formatava, eu levei o meu novo brinquedinho pra um outro computador pra ver se ele iria resetar lá também. Não resetou. Mas, lá não tinha o iTunes. Então, dava no mesmo. O meu só reseta quando eu conecto ao iTunes.
Enfim, formatado, reinstalado, com as músicas copiadas, 23 horas depois de ter começado tudo isso, eu estava com o pc pronto pra usar o Touch. E o que acontece? A mesma mer#@…
Enfim. Já vou pra 40 horas desde que eu comecei a tentar usar essa coisa. Eu jamais, JAMAIS, passei por qualquer problema do tipo pra tentar fazer funcionar QUALQUER coisa que eu tenha comprado. Jamais achei que isso fosse acontecer. Agora, vou esperar a Apple Brasil voltar ao trabalho, enquanto o meu iPod Touch refresca no escuro do meu armário.
Está sendo, por enquanto, a minha PIOR experiência digital de TODA a minha vida. No fórum da Apple tem vários usuários desesperados com problemas diversos. O meu problema, pelo vísto, é único no mundo. Só que uma coisa parece estar clara: alguma coisa do processo iTunes x iPod parece não estar compatível. É como se eles tivessem lançado um produto no mercado sem um programa preparado pra ele. Afinal, até agora, o meu iTunes 7.4.3.1 o reconhece como um iPhone, como se o Touch jamais tivesse existido.
Eu volto pra contar o final dessa história…”

Esse foi o meu comentário publicado no MacMagazine. Porém, não contei lá toda a história. Aqui vai mais uma parte:

A tela que, como todos sabem, é sensível ao toque está com problemas de sensibilidade. Digamos que, está com o humor sensível. Primeiro porque em certas aplicações uns botões não funcionam. No contacts, por exemplo, o Q não funciona. Absolutamente impossível. Já no Safari, em algumas vezes, ele funcionou. Daí então notei que a tela, quando vista na vertical, está com problemas na sua parte esquerda. Quando eu usei a função do Acelerômetro que altera o modo de exibição de acordo com a posição do aparelho, a mesma parte que não funcionava quando estava em pé, também não funciona deitada…

Há poucos minutos, enquanto eu mexia pra encontrar mais defeitos, acabei encontrando um que eu ainda não tinha visto: na função Wallpapers, onde você seleciona uma das 28 imagens que já vêm no aparelho, eu descobri que não precisa nem sequer encostar o dedo na tela. Com um a dois centímetros da tela, a tão problemática parte esquerda já reconhece o meu gesto e clica na foto antes que eu sequer chegue com o dedo nela. E assim foi em todo o menu de configurações. É até divertido, sabe, mas, nota-se que há algo de errado nisso.

Atualizado em 10/11/2007 – Tudo resolvido. A assitência técnica fez um bom trabalho, e, a Apple por sua vez, me enviou devidamente o meu iPod antes mesmo de ele começar a ser vendido por aqui.

Embora a assistência não tenha falhado no serviço, o atendimento dado pela Apple para os seus consumidores é um tanto omisso. Eles não se envolvem diretamente. Eles não dão prazos oficiais; comunicados oficiais; não entram em contato; se limitam a dizer que o que foi passado pela assistência é o que está valendo; e não há rastreamento do pedido de reparo, serviço esse que só é oferecido aos consumidores americanos.

O prazo que era de 20 a 30 dias foi cumprido, felizmente. E todas as minhas impressões ruins acerca do iPod eram tão ruins quanto as de qualquer outro produto com defeito, o que, portanto, não faz dele exclusivo nas minhas reclamações nem faz dele o pior aparelho de todos. Pelo contrário, depois de receber um em perfeito estado, as diversões proporcionadas por ele são maravilhosas!

Ah! E o meu iPod está devidamente desbloqueado!





Na carona do amigo: Tropa de Elite o filme

4 09 2007

O Quintino do Diário do Rio postou, eu comentei, e tive que trazer aqui, afinal, não se fala de outra coisa.

“Não é por nada, mas anda parecendo que aqui na cidade do Rio sou o único que ainda não viu Tropa de Elite! As cópias piratas se alastraram de tal forma que anda sendo mais comentado que qualquer blockbuster americano! Conheço várias pessoas que já viram 3, 4, 5 vezes… sem brincadeira…”

Pois é Quintino, você não é o único que não viu esse filme ainda não. Eu também não vi. Pelo simples motivo de não comprar filme pirata mesmo. Eu até baixo músicas, mas, sei lá, filme eu já não faço isso.

Quanto ao filme em si, ele parece merecer todo esse alarde mesmo! Sabe aquelas pessoas topeiras, que dizem logo “eu nem gosto de filme brasileiro (…)” – pelo jeito que a pessoa fala, nota-se que entender filme ela também não entende – “mas esse Tropa de Elite é muito bom”? Já me disseram isso várias vezes.

E eles sempre dizem essa frase antes de elogiar o filme. É como se eles tivessem vergonha de dizer que existe alguma chance remota de apreciar bons trabalhos brasileiros.

Tropa de Elite é O filme do ano no Brasil. Nem o homem-aranha entrou desse modo nas rodas de conversa. Quanto á data de estréia do filme, comentada no Diário do Rio, talvez não haja muito o que fazer mais não. É que o Festival do Rio será o palco de estréia do Tropa de Elite. Esse será o filme de gala que abrirá o Festival.

Uma coisa que me deu tristeza pelo trabalho do Padilha é que existe sim uma chance de que a bilheteria dele seja fortemente prejudicada pela pirataria. Raciocine comigo: quem, apreciador de pirataria, vê uma real vantagem do cinema frente ao seu “conforto” do lar, com a pipoca, cerveja, amigos e o poderoso botão ‘pause’? O público pirateiro não é bem o cinéfilo ansioso…

Que tudo dê certo! Esse filme promete. Estou louco pra ver!





O enforcamento das ferrovias

16 08 2007

Os debates sobre o erro histórico dos governos brasileiros passados, acerca da valorização das rodovias em detrimento das ferrovias andam acalorados em diversos sites, blogs e fóruns. No Viaje na Viagem, do Freire, os tripulantes discutem a implantação do trem-bala, a revitalização de linhas antigas e a história da ferrovia brasileira.

No post, é isso que eu tenho á dizer sobre tais assuntos:

Eu acho que esse erro histórico na vida desse país, priorizando rodovias em vez de ferrovias, vem de ganância política de um mercado que já se traçava ligeira e burramente americanizado. Era o progresso das estradas e dos automóveis nas terras de Kennedy que fizeram os tupiniquins aderirem ás “glórias” do transporte individual. Já posso imaginar as campanhas publicitárias com fotos de uma família reunida, na sua privacidade, com o seu carro, rumo ao progresso sempre ao alcance, com as novas estradas.
Além disso, a maior estatal brasileira estava apenas crescendo. Onde é que enfiariam a produção e quem, senão os motoristas, pagaria por essa “máquina de imprimir dinheiro”, como era comumente chamada as empresas petrolíferas?
Vivemos de profundos erros políticos. Profundos, desgastantes, exaustantes… Nosso erro primário foi cometido em 1500. Foi uma nação errada a que aportou aqui. Se fossem os Holandeses…

Eu considero esse erro algo que o Brasil dificilmente se recuperará. Existe muita força política minando certas decisões mais inteligentes. Infeliz e irritantemente, vivemos numa nação egoísta. Os políticos que estão em seus cargos, em sua maioria, só querem enriquecer-se e tirarem sempre, de toda e qualquer situação que seja, qualquer mínimo proveito. Sempre tem um gentil patrocínio por fora, para ajudá-los a tomar certas decisões. Quando é que isso vai parar, eu não sei. No post do Freire, uma leitora, a Sylvia, chega a perguntar: “Será que nós ainda vamos estar neste planeta para podermos viajar pelo nosso país de trem ??” Ela não está sendo leviana nessa pergunta. Existe essa possibilidade.





Um “nem tão novo” iMac – Por Marcus Roberto

7 08 2007

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Dessa vez, a missão de opinar aqui no Digo, será transferida, merecidamente, ao leitor-amigo Marcus Roberto. Em e-mail, ele falou tudo o que agradou e o que não lhe chamou tanta atenção quanto ao tão esperado lançamento do iMac.

imac_1_20070807.jpg“(…)tenho que dizer, pela segunda vez (a primeira foi a mudança da 1ª para a 2ª linha de iPods Nano) o design de um produto Apple me decepcionou! O visual me parece remeter algo dos anos 70 ou 60, sei lá… não gostei desse contorno preto em volta da tela… O MockUp (veja abaixo) me parecia muito mais bonito, mesmo sendo uma cópia do design do iPhone. A parte de alumínio do gabinete é uma peça inteira, ou seja, não temos beiradas montadas e coladas ou unidas: é tudo uma peça só! A tela de vidro achei bem legal, dá um visual bem estiloso ao iMac, mas no geral, me decepcionei, assim como me decepcionei com o Nano 2.0.Porém a Apple é A Apple”… em algo ela iria acertar; e os teclados são lindos, maravilhosos. Presta atenção no botão que liga e desliga o teclado Bluetooth, magnífico! Esse teclado deve ter uns 5 mm de espessura, de tão fino que é. Achei legal também no site da Apple a tiradinha que eles fizeram, colocando os símbolos do alumínio e dos compostos do vidro, como na Tabela Periódica.Como esperado, as especificações de hardware foram dramaticamente melhoradas. Processadores Intel Core 2 Duo de 2.0 ou 2.4 GHz e um modelo por encomenda equipado com 2.8 GHz Intel Core 2 Extreme. Placas de Vídeo AMD/ATI HD (última geração), até 4 GB de RAM e 1 TB de HD completam o monstro. E adiós telinhas medíocres… só monitores 20″ e 24″ a partir de agora.

Não posso dizer que estou desolado com o novo iMac, afinal é uma máquina dos sonhos (falando do hardware), mas, pra mim, falhou num dos pontos fortes da Apple: o design. Posso até ficar mais simpatizado pela borda preta horrorosa da tela, mas assim como ainda não engulo o design dos novos Nanos, acho que essa será minha opinião dos novos e poderosíssimos iMacs.”

Sabe Marcus, infelizmente, dessa vez, o design só vai me conquistar na segunda, terceira ou quarta olhada. Foi um pouco frustrante pra mim. Em geral, a Apple lança produtos de cair o queixo na primeira olhada. Por enquanto, veja bem, por enquanto, eu também não gostei dessa moldura preta não. Mas, como muitas vezes acontece quando ouço algumas músicas, eu posso mudar de opinião depois de uma apreciação mais detalhada.

Porém, tenho que admitir: por enquanto, eu também preferia ter um desses aqui.

O iMac falso mais bonito!





Windows Vista a US$ 66, só na China. Sabe por que?

3 08 2007

É supreendentemente interessante ver como o Brasil é hostilizado lá fora. Nós vivemos num país que tem um mercado informal fora de controle. A China também. Vivemos com certas mazelas provocadas por conta dessa economia de fundo de quintal. A China nem tanto…

Na última jogada internacional feita para disputar fatia de mercado em terras orientais, especificamente chinesas, uma grande empresa resolve fazer gestos solidários aos cidadãos interessados em comprar seus produtos originais e pagando devidos impostos. Dessa vez, foi a Microsoft. Á partir de então, os chinesinhos muito espertos comprarão o OS da Microsoft em sua versão básica de US$ 201 por US$ 66. Quem quiser uma versão mais sofisticada do produto, a Home Premium, poderá pagar US$ 118 pela mesma edição que custava US$ 238. Simplesmente porque a pirataria impera na terra dos amarelinhos.

Aqui no Brasil a coisa é diferente, claro. Aqui temos milhões de cidadãos altamente interessados e dispostos á pagar os “justos” valores cobrados por softwares, DVDs, computadores e entre outros. Aqui estamos dando pulos de alegria pela economia estar crescendo á taxas na casa dos dois dígitos, e com a informalidade controlada, e a pirataria combatida. Sim, esse deve ser mesmo o Brasil cor-de-rosa que deve estar fazendo alguns altos executivos se esquecerem de alguns pontos pertinentes da nossa realidade.

Quem pensa que essa generosidade da empresa do Tio Bill é, digamos, original, está enganado. A indústria de filmes de Hollywood fez uma parceria com fabricantes de discos e distribuidores á fim de reduzir o valor final dos filmes na China. Os discos novos, agora, estão custando entre 5 e 10 dólares. Claro, porque eles têm um poder de pirataria tremendo… Aqui no Brasil, a mesma indústria Hollywoodiana fez vista grossa ao mercado tupiniquim, para não lançar os preciosos DVDs da versão estendida de O Senhor dos Anéis. Motivo? Os altos custos dessas caixas e as altas taxas de piratarias por aqui. Se fosse na China… bem, se fosse por lá, sendo tão caro eles abaixariam o preço pra disputar com a máfia chinesa da pirataria. Já aqui que se foda, não é?!





O Globo pergunta: O trânsito na cidade durante o PAN surpreendeu você?

29 07 2007

Eu respondo:

” Realmente causou surpresa. Acho que, justamente pela população estar com medo do tumulto provocado pelos jogos, os trabalhadores que não estavam indo para as arenas, mas, sim, para o trabalho, preferiram por precaução, achando que não haveria organização no trânsito, utilizarem-se do transporte de massa, que está como antes, modificado apenas com medidas paleativas. Foi um erro, sim, não ter feito algo de concreto, além de pintar faixas nas ruas, multar os espertinhos e espalhar ônibus. O carioca deveria ter uma malha de pelo menos 6 linhas de metro na cidade, mais novas linhas na região metropolitana. Pois, depois do PAN, o carioca ainda vai andar nos famigerados ônibus sujeitos á atrasos.
De qualquer forma, devemos aprovar as medidas escapistas adotadas pelos órgãos responsáveis sim. Se eles não foram bons o suficiente para planejar algo que ficasse permanentemente pra cidade, ao menos, com o mínimo de esforço eles garantiram o deslocamento dos cidadãos que foram aos jogos e ao trabalho.”




Mais do que nunca, hoje, precisamos dos trens de alta velocidade

25 07 2007

O momento de tragédia que paira sobre o país nos tem feito refletir N soluções aos problemas já existentes, contorno aos possíveis futuros e novas formas de investimentos que desafoguem o que já foi feito e não nos deixe de mãos atadas e completamente dependentes de um único serviço de transporte de massa. E todos esses pensamentos convergem á uma única solução inteligente: os trens de alta velocidade. Continue lendo »





Não à Lei Rouanet em benefício de “Templos Religiosos”

31 05 2007

Não acredito que seja uma boa parte da população, nem um grupo tão grande. Mas sei que não sou o único á saber que está prestes á ser aprovado um projeto de lei que beneficiaria templos religiosos de qualquer natureza com base na Lei Rouanet.

Há poucas semanas, inclusive, o excelentíssimo Jô Soares entrevistou o nada excelente Senador Marcelo Crivella, onde o Jô expunha completa e abertamente a sua opinião discordante à do Senador em questão. Por um simples motivo: o Sr. Crivella quer modificar a Lei Rouanet que já beneficia e abrange os chamados equipamentos culturais de qualquer natureza, sejam eles igrejas históricas, sejam centro culturais, bibliotecas ou museus. A Lei, nesse caso, os beneficia de forma que dá a esses locais benefícios fiscais e os autoriza á receberem dinheiro proveniente de empresas particulares, que por sua vez, tem, por lei, o direito de investirem 4% do montante equivalente ao Imposto de Renda devido. Para tanto, desde que sejam devidamente um instrumento cultural de importância á uma comunidade ou até mesmo para o país.

O que, portanto, é preciso destacar, é que igrejas e templos históricos já se beneficiam com a lei. O que, no caso dos templos da Igreja Universal, naturalmente não se incluem por não se tratar de nem de templo histórico, nem de equipamento cultural. Entretanto, visando modificar a lei e abranger os seus “suntuosos” templos, o Senador Crivella quer modificar a lei, e colocar o texto completo, onde não deixaria dúvidas de que qualquer igrejinha que fosse – se você quiser abrir uma no fundo do seu quintal, teria total direito de participar, portanto! – poderá se beneficiar de incentivos privados e mordomias econômicas federais. É com essa frase que eles pretendem garantir novos direitos às suas igrejas:

“templos de qualquer natureza ou credo religioso”

“Bibliotecas estão sucateadas, obras de arte encontram-se abandonadas em porões de museus, por falta de recursos para recuperação, jovens não conseguem realizar seus sonhos, não me refiro apenas ao teatro, mas à dança, à música e a outros meios de expressão artística, ainda assim o senador quer dar uma ‘mordidinha’ na Lei Roaunet” diz o ator Juca de Oliveira.

“O que o senador Crivella quer é um absurdo, se fosse realmente para preservação de patrimônio histórico então não seria necessário, já está na lei. Claro que a intenção é de abrir uma brecha”, ressalta Jô Soares.

Se vocês quiserem dar a sua colaboração em uma petição que será entregue ao Congresso Nacional, é só irem á este link aqui, “Não à Lei Rouanet para Templos Religiosos!”

A minha assinatura é a 13901 e isso é o que eu DIGO, á favor da classe artística e cultural, em respeito ao cidadão e como forma de conscientização ao bom uso dos nossos escassos recursos:

“Exigimos, através dessa petição, que os direitos brasileiros numa democracia sejam cumpridos. Estamos aqui, com nossas assinaturas para dizer NÃO à essa politicagem mesquinha, e corruptiva, onde o Senador Crivella visa beneficiar-se do dinheiro público para ampliação de patrimônio próprio.

Suas igrejas, todos sabem, são máquinas de fazer dinheiro. As poucas ações benéficas à população realizada por sua empresa chamada Igreja Universal, são de pequeno valor, comparado ao montante financeiro extraído anualmente em seus cultos ou atividades similares. Não quero julgar a finalidade, honestidade nem religiosidade dos cultos e atividades da igreja, porém, quero, através da minha e de muitas assinaturas, dizer NÃO como cidadão, ao uso do dinheiro público de forma desrespeitosa e indigna.

Se algum dia quiser contribuir com meu dinheiro, de qualquer espécie, me darei o direito e a chance de caminhar até a Universal e afins, para com isso, fazer valer um direito e uma vontade meus. Sendo assim, não permito que dividendos oriundos do bolso da população em geral, seja usado para causas próprias, das que descordo, e enriquecimento de grupos e falsos ‘homens de Deus’.” Thyago Miranda

 





Homem-aranha e a barreira do 1 bilhão

11 05 2007

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O Sr. Spider aí está com a bola toda, ou melhor, com a grana toda! Depois de quebrar todos os recordes em sua estréia – o que não foi surpresa e nem é novidade mais pra ninguém – o mocinho-aranha já acumula US$412,614,948 em menos de 1 semana de exibição! Pra se ter uma idéia, isso é o que o 300 acumula desde sua estréia em março. Além disso, em uma semana, o Homem-aranha conseguiu arrecadar o que o Missão-Impossível NÃO conseguiu em todo o seu período em cartaz nos cinemas do mundo todo.

Com todos esses números, essa discussão nos leva a pensar que o homem-aranha pode ultrapassar a barreira do bilhão de dólares, certo? Atualmente, só 3 filmes conseguiram essa façanha, sendo o primeiro, o Titanic, com uma bilheteria absurda de US$1,845,034,188 (Um bilhão oitoscentos e quarenta e cinco milhões!). Logo em seguida vem O Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei US$1,118,888,979, e em terceiro está o Piratas do Caribe e o Baú da Morte com pouco mais de 1 bilhão.

Enfim, a minha opinião é que eu acho bem provável que o Homem-aranha não chega a ultrapassar a barreira do bilhão. E o motivo é o fato de ele ter tido uma estréia mundial. Hoje ele está em cartaz em 107 países, o que significa que ele já foi assistido por, pelo menos, metade das pessoas que poderiam assistir a esse filme. Ou seja, acho que ele fica entre 820 e 850 milhões de dólares. É muito comum que filmes que estream simultaneamente em vários países tenham uma bilheteria inicial gigantesca, mas, que logo em seguida tenham uma queda vertiginosa. Já quando um filme estreia em sequência, com uma janela de exibição entre os países, tende-se a ter uma ascensão maior na bilheteria. Claro que isso depende da qualidade do filme, e, sendo o homem-aranha em questão, acho que ele já desempenha um bom papel de filme-diversão, um belo blockbuster e que 850 milhões de dólares não é pouca coisa com ou sem estréia-mundial, queda vertiginosa e o que mais for.

Vamos ver se a bilheteria dele continua crescendo ou ele sofre uma queda brusca no seu desempenho. Querem saber? Só dou mais uma semana de sucesso pro mr. spider, afinal, ele tem, não um só, mas, dois concorrentes de peso no mesmo mês. Aliás, foi pela falta deles que o Titanic levou a bolada pros cofres do estúdio e pro bolso do James Cameron. O ano de 97 foi particularmente fraco em lançamentos, e, além disso, o filme ficou em cartaz por 1 (um!) ano. Ou seja, mesmo que haja interesse do público, os exibidores (felize$) vão ter que tirar o aracnídeo de metade das salas de exibição do mundo inteiro, pra dar espaço pros piratas e depois pro ogro…

Não vai ser dessa vez Aranha…